segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Buscar verdadeiramente a Deus

Buscar verdadeiramente a Deus é conhecer a Cristo e conhecer verdadeiramente a Cristo é segui-lo, tornar-se seu discípulo e amigo.
O projeto que inspira a vida monástica obedece, pois, a certo ideal e a uma esperança. Na vida beneditina, este ideal de “buscar verdadeiramente a Deus” e “nada antepor ao amor de Cristo” se estrutura sobre três pilares: a oração (ora), o estudo (legere) e o trabalho (et labora). Estas são as colunas que sustentam a sólida  edificação da vida monástica beneditina como sendo uma Escola do Serviço do Senhor, “Schola Dominici Servitii”  (Prólogo da Regra de São Bento, 45).
A você, leitor, que busca verdadeiramente a Deus, convidamos para entrar na sala do conhecimento do Amor supremo.
Ele não faz acepção de pessoas. Se busca verdadeiramente a Deus, sinta-se convidado a uma vida mais saudável e por sua vez mais feliz.

O monaquismo

Monaquismo cristão primitivo
O monaquismo cristão começou no Egito e depois continuou na Abissínia (Etiópia). Segundo a tradição, no século III, Antão do Deserto foi o primeiro cristão a adotar este estilo de vida. Passado algum tempo, outros o seguiram. Originalmente, todos os monges cristãos foram eremitas, levando uma vida de completo afastamento da sociedade. Esses eremitas reuniam-se semanalmente para assistir à Santa Missa, onde recebiam a Comunhão, e para ouvir a Palavra de Deus proclamada nas igrejas. Numa etapa seguinte, esses homens começaram a agrupar-se em pequenos recintos (chamados celas) ao redor de uma igreja, com alguma organização central. Assim, em várias partes do deserto egípcio, surgiram as primeiras comunidades monásticas, sob a orientação de um pai espiritual.

Monaquismo cristão no Ocidente
Uma das primeiras vezes em que o Ocidente ouviu falar da vida monástica foi através de Santo Atanásio de Alexandria, que no ano de 335 estava exilado em Treves. Pela mesma época, peregrinos ocidentais que retornavam da Terra Santa falavam do que haviam visto nos mosteiros. São Bento de Núrsia, nascido por volta de 480, adaptaria ainda mais o ideal monástico ao caráter ocidental e, quando em Monte Cassino escreveu a sua Regra, formulou um modo de vida monástica que mudou a face da Europa. Em todos os seus detalhes, a Regra de São Bento é marcada por um espírito de equilíbrio e de discrição que possibilitou o seguimento monástico a um número muito maior de fiéis, orientando e regulando um estilo de vida rígido, mas sem mortificações imoderadas. O século XII na Europa foi uma época de intensa construção de igrejas e de abadias, além das grandes catedrais góticas, que são a glória da cristandade.
Esses são alguns esclarecimentos pesquisados para passar aos leitores um conhecimento mais formal.

Estamos na Dinamarca para refundar uma comunidade monástica, que ficou um pouco esquecida pelo tempo e não por Deus.
Convidamos aos leitores para nos visitar e rezar conosco o santo ofício monástico.
Nossa capela fica aberta todo o dia, para acolhe-los em um ambiente de silêncio e oração. 

Significado do Monge ( Monja )

Monge ( feminino: monja ) é uma pessoa devota a vida monástica e claustral.
Os monges católicos, que podem ser clérigos ou leigos, seguem uma regra de uma determinada ordem religiosa monástica e residem em mosteiros, enquanto que os frades e freiras residem em conventos. Os monges seguem uma vida de desapego aos bens materiais e de contemplação e serviço a Deus.
Na Idade Média, os membros do clero regular, do qual grande parte dos monges faziam parte (visto que existem também monges que são leigos), eram os mais instruídos da época. Os monges mais famosos da época eram os Beneditinos, que é uma ordem religiosa monástica criada por São Bento. O seu carisma caracterizava-se por aliar o trabalho à oração. Foram os grandes guardiões do conhecimento clássico, mediante as suas bem fornecidas bibliotecas e do seu trabalho de copistas. Também fomentaram o trabalho manual, nomeadamente na agricultura, tendo sido a sua presença e ação em muitas regiões da Europa fundamental para a introdução e desenvolvimento de novas culturas e processos técnicos, com grandes implicações ao nível do povoamento.

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Entregar-se a Jesus.

Fora de vós, o que há para mim no céu? Se vos possuo nada mais me atrai na terra... A rocha de meu coração e minha herança eterna é Deus (sl 72, 25-26 ).
Redentor meu, digno de ser amado infinitamente, descestes do céu para Vos dar todo a mim. A  quem devo procurar na terra ou no céu senão a Vós, o maior bem, o meu único bem de ser amado? Sede, portanto, o único Senhor do meu coração, apossai-Vos dele. Que a minha alma só a Vós ame, a Vós obedeça, a Vós procure agradar. Gozem os outros das riquezas deste mundo;  eu quero só a Vós. Sois e sereis a minha riqueza nesta vida e na eternidade.
Dou-Vos, meu Deus, inteiramente o meu coração e toda a minha vontade. Ela Vos foi rebelde em tempos passados, mas agora eu a consagro toda a Vós. “Senhor, que quereis que eu faça?” Dizei-me o que quereis de mim e ajudai-me, porque eu quero fazer tudo. Disponde de mim e de todas as minhas coisas como for do vosso agrado. Tudo aceito, a tudo me conformo.
Jesus, merecedor de um amor infinito, amastes-me até morrer por mim; eu Vos amo de todo o meu coração, mais do que a mim mesmo e nas Vossas mãos entrego minha alma. Hoje renuncio a todo afeto mundano, a toda criatura e me entrego todo a Vós. Aceita-me pelos méritos de Vossa paixão, tornando-me fiel até a morte.
Meu Jesus, de hoje em diante quero viver só para Vós, não quero amar senão a Vós, nem buscar coisa alguma senão cumprir a Vossa vontade divina. Assisti-me com a Vossa graça, ajudai-me...
Socorrei-me também, Maria, minha esperança, com a Vossa proteção.
( Santo Afonso de Ligório )

Herdeiros da promessa

A  esperança, com efeito, é para nós qual âncora da vida, segura e firme.
Deus sempre levará em conta nossas boas obras. Ele nos fez com coração cheio de misericórdia, porque é assim o seu coração e quando praticamos nossas boas obras que venha a favorecer nossos irmãos, Ele nos olha e nos fortalece.
A sua mão benfazeja não se afasta de nós, porque Ele deseja realizar suas promessas. Nós somos herdeiros dessas promessas. Ele assim prometeu por seu nome, porque não existe alguém maior do que Ele para que possa jurar em nos dá suas riquezas.
 Nossas boas obras não nos comprará o céu, mais nos amadurecerá para  sabermos administrar os bens que nos pertencem. Na verdade o que fazemos de  bom é pouco diante da grandeza de Deus, mas, mas ele leva em conta isso. Pois o mínimo que fazemos pelo nosso próximo, se for com amor, já teremos feito muito. Jesus nos assegura que “ um copo d´água dado em seu nome não perderá sua recompensa, seu valor ”(Mc.9,41)
A nossa esperança só se torna autêntica quando confiamos com maturidade.
Deus continua a prometer a felicidade do seu reino a todos que desejam seguir pelos seus caminhos. Quando falo caminhos é porque existem vários no seguimento de Cristo. E o que conta é a perseverança até o fim. Pois nossa fé e perseverança nos tornam herdeiros das promessas.
Nossas boas obras nos preparam para um aprofundamento nos mistérios e nos purifica para a entrada gloriosa junto ao pai no fim dos tempos.
“Irmãos, Deus não é injusto, para esquecer aquilo que estais fazendo e a caridade que demonstrastes em seu nome, servindo e continuando a servir os santos.(HB.6,10)
Servir os santos  se refere a todos os cristãos batizados. Por isso todos nós nascemos para nos servir mutuamente em honra. Já nos advertia isso nosso pai São Bento em sua santa regra.
“Mas desejamos que cada um de vós mostre até ao fim este mesmo empenho pela plena realização da esperança, para não serdes lentos à compreensão, mas imitadores daqueles que, pela fé e a perseverança, se tornam herdeiros das promessas.” (HB.6,11-12)
Aqui fala também da perseverança e da pressa em fazer o bem. Na pressa em compreender o nosso irmão, com coração misericordioso. Pois pela fé e perseverança nos tornamos herdeiros. São Bento fala da pressa de correr enquanto tiverdes a luz da vida.
“Eu te cumularei de bênçãos e te multiplicarei em grande número.” (HB.6,14)
Ele fez essa promessa a Abraão e este foi perseverante e alcançou a promessa.
Assim, Ele espera de nós para que possa cumprir sua promessa. Recebemos cada irmão como sinal da graça Deus e Ele deseja nos multiplicar...
...” Quando Deus mostrar, com mais firmeza, aos herdeiros da promessa, o caráter irrevogável da sua decisão, interveio com um juramento.
Assim, por meio de dois atos irrevogáveis, nos quais não pode haver mentira por parte de Deus, encontraremos profunda consolação, nós que tudo deixamos para conseguir a esperança proposta.
A esperança(caridade), com efeito, é para nós qual âncora da vida, segura e firme, penetrando para além da cortina do santuário”... (Hb 6,17-19)
Que nesta bênção e multiplicação possamos iluminar o mundo que está à sombra da morte. Amém.